Um levantamento recente mostrou que os casos de câncer em pessoas com até 50 anos aumentaram 284% no SUS entre 2013 e 2024. Essa mudança preocupa especialistas e reforça a importância da atenção aos sintomas digestivos, já que vários dos cânceres que mais crescem afetam o trato gastrointestinal.
Cânceres digestivos em destaque
- Colorretal (intestino grosso e reto): é o que mais cresce entre os jovens. Alimentação pobre em fibras, sedentarismo e obesidade são fatores de risco importantes.
- Estômago e esôfago: doenças como gastrite crônica, infecção por Helicobacter pylori e refluxo podem aumentar o risco.
- Fígado e pâncreas: doenças hepáticas e metabólicas estão entre as causas associadas.
Embora muitos casos ainda ocorram após os 50 anos, cresce o número de diagnósticos em pessoas na faixa dos 30 e 40 anos.
Por que isso está acontecendo?
Especialistas apontam mudanças no estilo de vida como principais causas:
- alimentação ultraprocessada e pobre em fibras,
- sobrepeso e sedentarismo,
- consumo de álcool e tabagismo,
- distúrbios metabólicos e inflamatórios intestinais.
Além disso, o estresse e a rotina irregular contribuem para alterações hormonais e inflamatórias que favorecem o surgimento de tumores.
Sinais de alerta que não devem ser ignorados
- dor abdominal persistente,
- alterações no hábito intestinal,
- perda de peso sem causa aparente,
- sangue nas fezes,
- azia ou refluxo que não melhora.
Mesmo em pessoas jovens, esses sintomas merecem investigação com exames como endoscopia ou colonoscopia.
O papel do cirurgião gástrico
O cirurgião gástrico tem papel central tanto na prevenção quanto no diagnóstico precoce dos cânceres digestivos. Além de tratar doenças como refluxo, gastrite e obesidade, ele orienta sobre hábitos saudáveis e realiza cirurgias que podem identificar ou remover lesões precoces, aumentando as chances de cura.
Prevenção é o melhor caminho
Adotar uma alimentação equilibrada, manter peso saudável, evitar o tabagismo e o álcool, e realizar exames regulares são medidas fundamentais. Com atenção aos sinais do corpo e acompanhamento médico adequado, é possível detectar alterações cedo e garantir um tratamento mais eficaz.